Mogi das Cruzes discute propostas para despoluição do Rio Tietê

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Pacto para a despoluição do Tietê foi debatido em audiência sobre plano para despoluir o rio entre Mogi e Salesópolis

Rio Tietê

Um pacto começa a ser firmado entre o estado, município, universidade e população para resgatar o Tietê, melhorar a condição das águas, acabar com os problemas de saneamento básico em Mogi, ampliar os programas de educação ambiental, criar espaços de recreação, restaurar a vegetação e acabar com a poluição do rio no trecho de Mogi das Cruzes. O prazo previsto para a execução total é cinco anos, com um investimento estimado em U$ 100 milhões, com U$ 20 milhões em contrapartida por parte do Governo do Estado.

Essa foi a proposta apresentada na noite de anteontem a 50 pessoas que participaram da consulta Pública do Programa Renasce Tietê, realizada na noite de anteontem, na Prefeitura de Mogi, pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), do Governo do Estado, e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que deve ser o financiador do projeto.

Durante o encontro, a coordenadora do projeto, em fase de preparação, Marta Maria Alcione Pereira e os consultores do BID explicaram os detalhes do programa destinado à região, investimentos, consequências e resultados da nova etapa de implantação do Macro Programa Várzeas do Tietê, que integra o projeto Renasce Tietê, no trecho entre Salesópolis e Mogi. No total, o conjunto de ações proposto incidirá sobre 12 municípios da Região Metropolitana de São Paulo.

O que mais chamou atenção foi a proposta de garantir 90% de tratamento do manancial. Segundo a coordenadora, o trabalho será feito em conjunto com a Prefeitura, que tem como meta resolver o problema de saneamento básico, incluindo um trabalho de recuperação dos rios afluentes do Tietê.

O prefeito em exercício Juliano Abe (MDB) falou da contribuição que a cidade vai dar ao projeto, através do Programa Mais Mogi Eco Tietê. Segundo ele, a Prefeitura está empenhada em buscar esses recursos para iniciar os trabalhos em 2020, com ações voltadas para a mobilidade, meio ambiente e saneamento básico. A intenção é aumentar da capacitação da estação de tratamento em César, desassorear os córregos Lavapés e Corvos, recuperar a vegetação às margens, criar dois parques e novas avenidas. “Está na hora de pararmos de virar as costas para o Tietê e começar a voltar a porta de entrada de nossas casas para o rio”, frisou o político, parafraseando o prefeito Marcus Melo (PSDB).

A possibilidade de ressuscitar o rio, que até então parecia uma utopia, foi recebida com certa reserva por algumas lideranças e ambientalista, que queriam saber detalhes sobre o projeto e fizeram uma série de perguntas sobre o tema, alvo de uma decisão judicial que obriga a Prefeitura e o Governo do Estado despoluirem o Tietê.

Para melhorar a qualidade das águas, especialmente no trecho de Mogi das Cruzes, onde o rio chega em condições um pouco melhores e sai praticamente morto em direção à Capital, o programa pretende reduzir as inundações, recuperar a vegetação, desassorear o rio, tratar as águas pluviais e redes de seções de controle quantitativo e qualitativo das águas, desenvolver programas de educação ambiental, instalar núcleos de educação e construir dois parques em Salesópolis – um na nascente e outro na Baragem de Ponte Nova.

Foram levantadas questões sobre investimentos em saneamento, como fazer para evitar o descarte de resíduos que vem das indústrias e da agricultura, problemas com algas, peixes e especialmente educação ambiental para que as pessoas possam ajudar a preservar.

Fonte: http://www.odiariodemogi.net.br/mogi-das-cruzes-discute-propostas-para-despoluicao-do-rio-tiete/