Pequenas atitudes, grandes resultados

Artigos | 3 de fevereiro de 2017

Longe de mim querer impor resoluções de vida para alguém. Cada um cuidando bem da sua já está de ótimo tamanho. Mas, o convívio social permite sugestões capazes de evitar que a conduta equivocada de uns vire prejuízo para todos. Que ninguém se engane porque a natureza revida quando é violada. Para dizer o mínimo, estão aí as enchentes. Por sorte, o Brasil está livre de terremotos, tsunamis, tufões e outras manifestações naturais mais assoberbadas.

Num condomínio, o relacionamento entre os moradores é estreito. E o jeito como conduzem seu dia a dia pode ser a grande diferença entre colaborar com o planeta ou miná-lo para explosões futuras. Já vi reclamações que, sequer, deveriam existir. É o caso de condôminos que atiram papéis e bitucas de cigarro do alto de suas janelas. Ou dos que despacham rejeitos em qualquer lugar. Ou daqueles que vão passear com seus pets, mas não recolhem as fezes dispensadas por onde passam.

O foco não é criticar. Todo mundo sabe que está errado. A questão é se esforçar para fazer o certo. Pelas regras de bom convívio social, para viver bem e zelar pelas gerações futuras. O lixo jogado nas vias vai parar nos bueiros e, de lá, em cursos d’água. O resultado são alagamentos, além da poluição até na água que abastece as torneiras.

Se você é daqueles que acha que dá muito trabalho separar o lixo seco do úmido, pense um pouco no bem que estará fazendo ao aderir à coleta seletiva. É um ato de caridade não enterrar, nos já sobrecarregados aterros sanitários, materiais que, reciclados, gerarão renda para alimentar famílias inteiras. Adiante, deixará um mundo melhor para seus descendentes. São pequenas atitudes com grandes resultados. #simplesassim

Juliano Abe, vice-prefeito de Mogi das Cruzes, é advogado pós-graduado em Direito Ambiental pela USP e consultor em meio ambiente com especialização em Gestão Ambiental e Sistemas de Gestão Integrada